Para Talita Ferramola Pinheiro, meu sempre.
não sou mentiroso,
pleonasmo duvidoso
mas, verdade, te quero.
Te vi passar ao lado,
te vi andar pra frente.
É para o amor da gente,
que meu colo está guardado.
E foram dois anos,
e mais do que inteiros.
Os dias foram ligeiros,
repletos de não-enganos.
Inexpressível em palavras
um fim de tarde em calma.
Vem me adoçar a alma,
nos cantos das salas.
Em corredores estudantis,
te dei um um beijo forçado
que me fez seu namorado,
melhor coisa que fiz.
E ainda lembro da gagueira,
do som ao fundo e do que disse.
Com você, vou desejar velhice
e um amor de vida inteira.
E fecho os olhos em seu abraço,
Em nosso beijo, faço barulho,
ao te olhar, eu me orgulho,
ao te ter é que me faço.
E é isso sim o que sempre quis:
olhar para trás e sentir-se bem,
olhar para agora e querer meu bem,
olhar pra frente e me ver feliz.