sábado, 31 de julho de 2010

É improvável, é impossível.

Brrr, está frio, no meio do inverno, isto é estranho ? Acho que agora, irá se tornar. Mas sabe, o frio era bom, era sinal de que eu estava voltando tarde para casa.
Sabe de outra coisa, eu até fiz amizade com o mudinho que fica no ponto de ônibus pedindo dinheiro à noite e hoje ele me avisou com uma mímica que o ônibus que eu pego para ir pra casa não iria demorar a passar. Na hora de ir embora, parecia que ele também sabia e me deu um tchau sorrindo, meio "ergue a cebeça!" e, sei lá, foi legal.
Dá pra perceber, nessa valsa que se cessou antes mesmo de começar. Essa música que se rompeu com menos de um minuto, eu quero dançar a noite inteira mas não sei ainda se meu par vai estar lá.
E eu tento encher esse copo que eu sinto estar meio vazio, não com aquele suco de laranja forte que eu cansei de tomar, mas com alguma bebida, um elixir, vindo de uma fonte, que faça-lhe tomar e rejuvelhecer o que um dia foi belo e jovem.
E já dá saudade do Coelho. Foi tema do meu primeiro texto. Pouco sabia, pouco conhecia e mal podia esperar. E depois deste, vieram tantos e tantos, rimados, bobos, curtos, longos, cifrados, secretos e (sim!) cantados, que infelizmente não foram cantadoS, no plural, desculpa, eu escondi vários destes de você.
Hoje, eu descobri (sozinho) o que a Cássia me disse no 10 de dezembro e infelizmente, a música não é a do All Star que é lindo, é mágico o quanto essa do tênis fez sentido durante esse tempo porque nunca foi tão comum apertar o 12 que é o seu andar e não ver a hora de te encontrar.
Hoje, nós vemos de maneiras diferentes o título deste texto: eu continuo com a letra da música e você coloca um ponto de interrogação no final dessa frase. E quem pode responder ? Alguém no mundo ? Alguém melhor, alguém pior ?
E as lágrimas, todas elas que caíram hoje mais pareciam um suor de cansaço emocional, que corriam pelo rosto e terminavam em mãos que não eram da mesma pessoa que as soltaram. E esta aí todo o meu reforço, o meu sustentar, essa ... coisa! Esse carinho recíproco que existe, interno, externo, ETERNO, essa vontade de querer ajudar um ao outro me ajuda e me cura desse cansaço, em menos de um segundo e nesse mesmo menos de um segundo eu vi que tudo pode mudar. E se mudou uma, duas vezes, não sei, porque não vai mudar de novo ?
"Te ver e não te querer", você sabe, eu vou continuar a cantar. E nessa valsa que acabou por hoje, vejamos o que o resto da noite tem para me dar. A noite está acabando, o dia está raiando.



Não sei.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Tá enrrugadinho, tá ?

Eu te ligo lá de baixo e você me viu de lá de cima, o que você sentiu, pena ?
Deu um tchau bem tímido, por que, um ato infantil o meu ?
Você nem fala mais que quer ir pra Islândia e pra São Paulo, por quê ?
Você cantarola por tédio ou por expontaneidade ?
Anda, discute comigo!
Tá frio ? Então vem que eu abro a blusa pra você me entrelaçar com seus braços que estão gelados e você insiste em não admitir. Aliás, o que é frio ? Nem sei mais.
E hoje, igual a você, fiquei trocando de música o caminho inteiro de volta pra casa, ouvi umas 15 num intervalo de 20 minutos. A única que escutei por inteiro se chamava Esconderijo. Me vem mil coisas à cabeça quando ela fala "beijo pra ficar aqui" e mais outras duas mil quando eu ouço "você para construir". Quando começa o refrão, já nem sei mais se é no seu cabelo ou se seu abraço que eu estou pensando. "Andarundê darundê iê" entra nos meus ouvidos e um sorriso sai pela minha boca.
E novamente, já estou quente, igual a você, sorrindo, igual a você, distraído, igual à você, com DDA, igual à você, talvez eu seja você, só que não fico testando seu cromossmo X a cada 20 segundos.
Aliás, como você é boba (e não, não estou te dando a razão).







Smack, ziiiiiiiiiiin, "lindo!".

(:

De Banda Larga até Fábrica de Blocos - 1

Para Camila Soares, Marina Straci, Davi Gomes e Giordano Pirata, que são citados nesta ordem, no texto que segue:

Começou no segundo ano. Foi um convite meio que de última hora, eles queriam tocar no evento musical da escola e não tinha outro baterista. Me chamaram! Talvez por falta de opção, mas eu fiquei feliz do mesmo jeito.
Pronto, fui alistado. E servir a esse exército sempre foi tarefa muito fácil: Era só fazer uma viradinha que elas já ficavam felizes, que bom, porque minha habilidade era, no mínimo, questionável.
E lá foram os primeiros ensaios para a Fimpop 2007 e eles eram sempre bem divertidos: Tinha lá uma menininha linda de óculos, um cabelo caramelado-quase-preto, um All Star Vermelho e uma voz que me arrepia só de lembrar. Tinha outra, meio assim, morena, cabelo preto, uma faixa verde na cabeça, uma camisa lisa branca e um gogó de impressionar o Pavarotti. E o pianista? Bach e Chopin que se cuidem que quando seus olhos azuis fixam as teclas e seu cabelo tóin-tóin se mexe com empolgação, Deus pára para ouví-lo tocar (diz a lenda que quando ele começou a tocar, Deus ficou parado para ouví-lo e esqueceu de proteger as Torres Gêmeas em Nova York. Deu no que deu...). E tinha um cara baixinho loirinho fortinho, que também usava óculos que chegou no ensaio sem saber o que ia tocar e saiu de lá melhor que os outros 4. Era nossa Banda Larga e que nome hein ? Fomos plagiados depois, inclusive (vide processo 241872-7 na Secretaria da Justiça do Brasil).
Eu pensava que o evento ia lotar e mil pessoas e mil juízes, tal, tal, tal... 50 pessoas na platéia... 60 vai.
Mas eu acho que se tivesse 50000, eu ia ficar feliz do mesmo jeito. No final de Por Onde Andei, que por sinal, fechava o show, eu tava tão empolgado que dei uma virada que não estava no script. Todo mundo ficou olhando pra mim, droga.
Será que eu estraguei o show ? - pensei.
E acho que a gente foi bem porque pegamos um modesto terceiro lugar e a galera chiou. Perdemos para uma banda que tinha nome de gente... Seu Luís, Seu Cuca... alguma coisa assim.
Mas sei lá, foi tão legal, eu tinha uma banda agora, será que estou popular?

HAHA, brinks.