segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Passado, presente, futuro.

Para Talita Ferramola Pinheiro, meu sempre.

Para ser sincero,
não sou mentiroso,
pleonasmo duvidoso
mas, verdade, te quero.

Te vi passar ao lado,
te vi andar pra frente.
É para o amor da gente,
que meu colo está guardado.

E foram dois anos,
e mais do que inteiros.
Os dias foram ligeiros,
repletos de não-enganos.

Inexpressível em palavras
um fim de tarde em calma.
Vem me adoçar a alma,
nos cantos das salas.

Em corredores estudantis,
te dei um um beijo forçado
que me fez seu namorado,
melhor coisa que fiz.

E ainda lembro da gagueira,
do som ao fundo e do que disse.
Com você, vou desejar velhice
e um amor de vida inteira.

E fecho os olhos em seu abraço,
Em nosso beijo, faço barulho,
ao te olhar, eu me orgulho,
ao te ter é que me faço.

E é isso sim o que sempre quis:
olhar para trás e sentir-se bem,
olhar para agora e querer meu bem,
olhar pra frente e me ver feliz.

terça-feira, 19 de abril de 2011

ponto e vírgula;

Para a Lua de 19 de abril, que vi aparecer e sumir.

Esse fim que recomeça sendo começo para um novo fim, não é o fim que eu quero, eu quero o querobim.
Chega de chegar no fim, chega de parar por aqui, por aí, por aí que eu não quero seguir.
E se quiser um pouco mais de mim, eu quero dar um pouco mais de mim, sem dar mais de mim, contanto que você queira a mim.
Vamos dar um ponto final ao ponto e vírgula, neste ponto, aqui, ali vamos parar e colocar mais dois pontos no ponto posto, para pontuar três pontos e dar o ponto certo nesse ponto.


Eu te amo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

.txt

Para Talita Ferramola Pinheiro, meu esconderijo.

Eu sempre fiz meus rascunhos no Bloco de Notas e só quando me vi fazendo um outro dia que percebi que o arquivo era de formato .txt . Já estava multiplicando a gente sem nem perceber.
Eu os salvo na minha área nos Meus Documentos deste computador, sempre com o mesmo nome "Talita.txt".
Eu tinha vários textos não terminados nesta pasta - chegou até o "Talita6.txt", se não me falha a memória - que eu até criei uma a parte só para guardá-los reservadamente. Ela se chamava Esconderijo.
E, quando tinha mais tempo, eu sempre dava uma olhada nos que estavam lá e tentava terminar. Os que davam certo, eu postava aqui e os que não davam eu excluía. Infelizmente, essa pasta está um pouco vazia, mas lá ainda tem um texto que eu lembro que fiz a muito tempo, mas que nunca consegui terminar e sempre tive um carinho especial por ele, acho que é pelo nome dele e por isso, nunca o deletei. Ele começa assim - e se chama Pássaros:

"Uirapuru vermelho, me segue e canta.
Num canto só canta, só conta, me encanta.
Mais delicado que um cisne à suas penas roçar.
Abra suas asas e võe pelo ar.

Meu olhar ao te ver é mais que veloz.
Mais certo e preciso que a caçada do Albatroz.
Fito o colorido e a elegância mais belo que um tucano.
Bem-te-vi bem te vejo, beija-flor do meu ano.

Sorriso meu ao lembrar,
é mais comum que o voar
de um simples pardal.

É só pensar em te ter,
que meu vôo vai ser
de uma águia real.

E a liberdade que tem pra voar
eu prometo de ti nunca tirar
mas, se tiver um jeito, eu te amarro
e me convido para ser seu joão-de-barro. "

Tinha outro também, que eu não lembro muito bem porque eu excluí faz um tempo, não deu certo. Mas eu lembro de uma estrofe dele:

"...
Vejo todo dia o que o amor faz,
pois te vejo todo dia, é a hora da minha paz.
É difícil te esquecer, mas não é isso que eu quero fazer.
"Eu só quero ter mais um motivo para poder lembrar de você."..."

Ainda pretendo encher mais o Esconderijo de coisas boas, como sempre foi. Espero ainda terminar esses e tantos outros textos que sei que ainda vou escrever. Espero sentir mais felicidade ao ver .txt no formato dos meus rascunhos. E, na verdade, eu quero ter para sempre esse meu Esconderijo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

É tanto.

Tanta vontade dentro de um só segundo.
Virar-te, pular-te, beijar-te, fazer de tudo, uma arte.

Tantos caminhos em um só lugar.
Deslizo em cabelos negros, encaracolados e sem nenhuma indicação chego ao olhar, ao massagear, chego aos risos, em seu corpo, contorno-o em toques ásperos-lisos, enquanto meus dedos passam alísios, em meu corpo fez-se o mar.

Tanto olhar em um só olhar.
Decifra-se você para eu poder te decifrar. Se tu te conheces, ambos os lados encontram-se nesses gêmeos mais cancerianos, por ora leoninos e volta e meia sergipanos, confundem-se os astros e as horas, não te espantas que eu me engano.

Tanto "Tanto" em um "Esconderijo".
Se ao menos você soubesse que eu procuro a solidão nesse último romance. Paparazzis fotografam meu baby, baby, baby, ow. In times like these, i had the time of my life. Quem é mais sentimental que eu ? Alejandro ? Acho que não, então, por favor, não chora, não me liga porque good love is on the way.

Tantos minutos em poucos segundos.
Já te olho com meio olho porque parece que estás a me aliciar, tic-tac malfeitor. Nem deliciei os lábios, ainda não caí em tentação, não virei sequência de reis, não a vi sorrir chorando, porque já marca mais que 6 ? Planejava sair as 9 e 10 e meia não é atraso, porque eu sei que tu se apressas por cotovelos calejados. Se vinga com a pressa, eu ignoro-te sem pensar, enquanto você tenta me iludir, eu esquento-te em meu pulso, deixo-te somente cheirar estes cabelos e não ligo se ver o dia raiar.

Tanto verbo em poucas linhas.
Sentir dizendo, falar ouvindo, gritar murmurando, voltando indo, perguntar respondendo, responder perguntando, andar, caminhar, olhar, fugir caindo, cair chorando, chorar sorrindo, sorrir amando, amar amando, amar andando.

Tanto mistério em pouca caixa.
Pouco caso em todo lugar, o que é isso ? Relevo pra revelar, cedo pra manter, cedo pra ceder, cedo sem doer, dói se não ouvir e morrem as linhas se não dizer : Eu te amo.